Entendo o e-commerce social
Compras com base em recomendações de pessoas em quem confiam.
CONCEITOS
O e-commerce social, também conhecido como social commerce, é uma estratégia que combina o comércio eletrônico com as redes sociais. Permite que os consumidores comprem produtos ou serviços diretamente de uma postagem ou anúncio de mídia social sendo hoje realizado de duas maneiras:
usando botões de “comprar agora” incorporados em postagens de mídia social.
em lojas virtuais criadas dentro de plataformas de mídia social, como o Facebook Shop ou o Instagram Shopping.
O social commerce é como a evolução do marketing boca a boca para o marketing de indicação trazendo uma nova preocupação para o marketing digital a gestão de influenciadores nas redes sociais. As gigantes do mercado de mídias sociais trabalham para lançar novas ferramentas que facilitem a integração de influenciadores a produtos e lojas virtuais, transformando as plataformas de mídias sociais em verdadeiros canais de venda.
Com a estratégia certa, o social commerce ajuda a aumentar a visibilidade da marca, aprimorar a experiência do cliente e impulsionar as vendas.
Definições dos participantes
Usuários
Usuários de uma plataforma que passam tempo navegando e interagindo com conteúdo, experiências e outros usuários. Por meio dessas interações os usuários têm o potencial de se converter em compradores.
Influenciadores
Focado principalmente em usar sua plataforma como um líder de opinião para influenciar seus seguidores e motivá-los para a ação (incluindo compras). Conhecidos pela marca pessoal que criam, sua expertise está em conseguir atrair e engajar seu público. Podem igualmente ser influenciadores 'celebridades' com milhões de seguidores, ou micro influenciadores com alguns milhares.
Criadores
Focado principalmente na criação de conteúdo exclusivo (por exemplo, how-to's, esboços, música e dança etc). Sua expertise está em ser capaz de criar, produzir e publicar ideias originais. Eles também podem influenciar e/ou vender, e estão cada vez mais buscando monetizar seu valor agregado.
Revendedores
Focado principalmente na venda de produtos de terceiros para usuários através de suas redes. Sua experiência está na curadoria de itens que seus clientes vão gostar e na gestão de seus negócios. Eles não criaram uma marca pessoal da mesma forma que os influenciadores, não criam conteúdo exclusivo como criadores e nem criam os próprios produtos como uma pequena marca. Em vez disso, eles usam seus relacionamentos pessoais para compartilhar anúncios e gerar vendas.
Pequenas Marcas
Empresários ou pequenas empresas de propriedade independente que criam produtos ou serviços que não são amplamente conhecidos e que não têm acesso à distribuição em larga escala através de rotas tradicionais para o mercado. Venda diretamente ou por meio de influenciadores, criadores e revendedores em várias plataformas, que lhes dão um alcance de outra forma inalcançável. Contam com plataformas e/ou facilitadores de comércio de terceiros para habilitar recursos de comércio, por exemplo, checkout, pagamento, logística.
Grandes Marcas
Produtos ou serviços de marca que são tipicamente bem conhecidos e que também operam nos meio de canais de varejo tradicionais.
Plataformas
São as mídias sociais, e as plataformas de jogos, mercado ou outro tipo de atividade onde o objetivo principal é conectar usuários individuais e compartilhar conteúdo e/ou experiências por meio de diferentes meios.
Facilitadores de comércio de terceiros
Empresas que fornecem recursos adicionais para complementar a entrega de uma experiência de comércio social. Os recursos podem incluir aqueles que melhoram a experiência do usuário (por exemplo, MagicLinks, Linktr.ee, NOWwith), permitem mensagens entre usuário e vendedor, fornecem opções de pagamento (por exemplo, Stripe, PayPal) ou operações de suporte e logística (por exemplo, Shopify).
Varejistas
Empresas que vendem produtos tradicionalmente por meio de lojas físicas ou por meio de suas próprias plataformas de comércio eletrônico online.




Entendendo social commerce
O que torna o social commerce tão diferente?
Fundamentalmente o e-commerce, representa uma verdadeira mudança de poder dos varejistas e marcas para as pessoas, e está sendo turbinado pela ascensão das redes sociais.
Em contraste com o relativo anonimato dos grandes varejistas e a ênfase transacional dos gigantes do comércio eletrônico, o e-commerce social é o comércio onde as pessoas escolhem passar seu tempo consumindo sustentados pela autenticidade e confiança que as conexões sociais fornecem.
É nada menos que uma revolução democrática do varejo impulsionada pelo povo. E é incrivelmente eficaz, porque combina perfeitamente experiências sociais e transações de comércio eletrônico por meio de um único caminho para a compra, tudo sustentado por uma única plataforma.
O e-commerce social se desenvolve de três maneiras principais, por meio de marcas, influenciadores ou os próprios indivíduos:
Orientado por conteúdo: O conteúdo exclusivo criado por marcas, influenciadores ou indivíduos impulsiona a descoberta, o engajamento e a ação autênticos. Por exemplo, os usuários de mídia social estão descobrindo novos produtos e experiências por meio de postagens e lojas no aplicativo no Pinterest, YouTube, TikTok, Facebook e Instagram, para citar alguns.
Orientado pela experiência: Os canais orientados pela experiência permitem que vendedores participem interativamente da toda a jornada de compra, podendo inclive ter transmissão ao vivo e incluir experiências de RA / RV ou jogos. Veja o "Shop with Friends" da Obsess, que permite que grupos visitem lojas virtuais com seus amigos.
Orientado pela rede: As pessoas aproveitam suas redes sociais para comprar e/ou vender com intuito de obter descontos em massa, ou comissões. O modelo é usado com muito sucesso pela Pinduoduo na China que tem mais compradores ativos do que o Alibaba. Também ocorre com indivíduos que usam a sua influência para impulsionar vendas e ganhar comissões. A indiana Meesho tem 13 milhões de empreendedores que se conectam com seus clientes em plataformas de mídia social, como o WhatsApp.


A força das pessoas
O que esses três têm em comum é que todos eles são movidos pela criatividade, engenhosidade e poder das pessoas. Qualquer indivíduo pode monetizar sua rede.
Muitos já permitem a monetização em um ecossistema complexo, próspero e de rápido crescimento (veja gráfico abaixo).
Não são apenas celebridades dividindo sua popularidade em dólares por meio de parcerias com grandes marcas. Existem milhões de criadores individuais, influenciadores e revendedores usando suas plataformas escolhidas para ganhar dinheiro.
A medida que a competição entre as plataformas sociais se intensifica, cada plataforma está oferecendo aos criadores incentivos para aumentar sua base de usuários, que resulta em crescimento das redes, fazendo com que esses influenciadores tomem o controle de marcas estabelecidas.
Fontes
1 Verdict
2 Accenture Research, Social Commerce, 2021
3 Accenture Consumer Pulse, Nov-Dec 2020
8 Accenture Research, Social Commerce, 2021
11 Techcrunch
12 Glossy
13 WWD
14 Glossy
15 Item Beauty
16 Accenture Research, Social Commerce, 2021
17 Accenture Research, Social Commerce, 2021
18 Walmart
19 L’Oréal